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· Artigos do Autor: Maria Paula T. Q. Barros Pinto
· Com o Critério: Todas as Palavras
· Data de Publicação: Todas as Edições

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217. O primo irlandês na cozinha 25-02-2010 14:59:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto O “primo” irlandês chegou. Gosta mais de Portugal do que os portugueses, talvez porque não se aperceba do que cá se passa e de como é difícil para nós, portugueses, “engolirmos” isto. E, no entanto, somos todos PIGS (porcos) para o governo de Bruxelas: Portugal, Irland, Greece, Spain, tal como ouvi há dias no Courier International, na SIC Notícias. O “primo”, vivendo em Bruxelas talvez não tenha a exacta percepção do que é fazer parte de um dos PIGS. E então, sempre que chega a Lisboa ou aos Arcos, acha que está no paraíso. Afirma que um dos seus lugares favoritos neste mundo é a pastelaria Primor, nos Arcos, onde a Judite...

218. A tia Henriqueta 12-03-2010 10:24:00
Maria Paula T. Q. barros Pinto Vagueava pela sala, cheia de móveis antigos, de fotografias, algumas já amareladas, expostas em molduras de prata, rococó. Havia um cheiro adocicado, a pó, a perfume, a madeira encerada, a vinho do Porto, a tabaco de cachimbo, era bom, repousante. Os cortinados de veludo pesado pendiam solenes na sala de estar da avó. Os tapetes de Arraiolos já apresentavam peladas aqui e ali, sobretudo aos pés dos cadeirões onde a avó e as visitas se sentavam. Havia o cadeirão do avô com um banquinho em frente, onde costumava descansar os pés doridos das artroses. O avô havia morrido há muito mas a “cadeira do avô” seria imortal e o banquinho lá estava, como se ele fosse entrar a qualquer momento e sentar-se recostando-se, sem um queixume, apesar de todas as dores que carregava.A avó podia ter assumido a cadeira do avô, mas não quis. Gostava da sua, mais baixa, junto da janela...

219. O Casamento 26-03-2010 10:26:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto Eram tempos difíceis, aqueles, de muita pobreza, todos partiam e, os que por qualquer razão ficavam tinham de fazer pela vida. Para os que ficavam a aldeia era o centro do mundo. As casas eram de pedra, da pedra que abundava po...

220. A roupa nova 31-03-2010 18:21:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto Nos idos de sessenta, pela Páscoa, era costume as meninas estrearem uma roupa nova. O Domingo de Ramos era um dia esperado com impaciência e, menina que se prezasse, tinha de ter uma peça nova para mostrar às amigas. “Domingo de Ramos, na Páscoa estamos”, cantavam alegremente enquanto andavam às voltas à igreja Matr...

221. A casa 04-03-2010 18:46:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto “Que Deus te abençoe, minha filha, e te proteja de todo o mal dos homens, porque com Ele presente, nada nem nenhum mal te acontecerá!”. E entregou-lha numa caixinha de prata, forrada a veludo verde escuro, como o musgo que viria a cobrir as paredes da casa nova no Inverno, quando o céu parecia despejar cântaros de água e as nuvens se avolumavam, crescendo assustadoras, como quem diz: contra a natureza, o homem nada pode. Com as suas mãos tímidas e inseguras, abriu a preciosa caixinha e dela retirou uma chave que abriria...

222. A embaixatriz 08-04-2010 18:03:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto A embaixada de Portugal em Nicósia era modesta, num bairro discreto, numa rua afastada do centro como quem pede desculpa por existir. A fachada da embaixada era a cara do embaixador, o rosto macilento e bexigoso de quem tinha já apanhado paludismo num remoto país africano onde começara a carreira. Quando o jovem fotógrafo Alberto Trindade transpôs a porta, cheirou-lhe a especiarias, sobretudo a c...

223. Adeus Olinda (XLI) 31-08-2012 10:38:00
Maria Paula T. Q. Barros Pinto (Continuação de “Arremedo de um policial”) O crepúsculo instalava-se. A praceta estava calma e envolta naquela luminosidade parda que os gatos escolhem para namorar. A calçada portuguesa de Olinda formava becos e entrelinhas. As sombras eram propícias para outros gatos procurarem gatas que os esperavam com a adrenalina a escorrer pelos poros. O ocaso em Olinda é feito de silêncio e mistério. Enquanto a mana mais velha se esgueirava pela r...

224. Inseguranças (XL) 24-08-2012 11:24:00
Maria Paula T Q Barros Pinto (Continuação de "Arremedo de um policial") De todas as certezas da vida, a de que nada era seguro, era a mais lúcida. Nada era seguro nem tão pouco certo. E aprendeu-o à sua custa. Quando tudo parecia estar bem, vinha uma rajada de vento e desfazia o certo em nada. Como é que pôde estar tão segura de si anos a fio, sem se questionar que as coisas eram efémeras, que nada estava garantido. A dúvida da razoabilidade da segurança ou insegurança do seu ego começou a instalar-se quando acordou e deu por si num estado tão caótico que mal se podia olhar ao espelho. Queria fugir da prisão do corpo e voar para longe, onde o espírito se pudesse redimir e esquecer. A única certeza que tinha e que a segurava à vida era a realidade palpável de ter duas filhas. E foi esse facto, esse cordão forte, que a segurou no precipício em que vacilava.E, enquanto as olhava, um arrepio percorreu-lhe as entranhas, meu Deus, o que a fez duvidar da vida ...

225. O que tens, mulher? (XLII) 12-10-2012 14:33:00
Maria Paula. T. Q. Barros Pinto (Continuação de Arremedo de um Policial) Pensamentos inquietos assaltavam-lhe a mente. Não falava há dias. Acenava que sim, que não, e era tudo. As notícias que lhe chegavam da Lena não eram alentadoras, nem sequer faziam sentido. Que raio, o que teria perturbado tanto a moça?! Era a mania, aquelas manias que se lhe instalaram no toutiço, o querer voar mais alto do que lhe foi destinado. Todos temos o destino traçado à nascença, é ou não é? E abanava a cabeça aquiescentemente. Pensava sozinho, lá no meio do monte. Aquietara o táxi por trás duma cortina de giestal e quedou-se a olhar o rio rabiando pelas encostas arredondadas ora verdes, ora torradas pelos últimos lumes de verão. Tanta terra queimada que metia dó. Nem as águas mansas do Lima os sustiveram, raios!Deu umas passadas certeiras, ouviu o rastilhar das cobras a fugir… Aqueles barulhos da montanha que ...

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